janeiro 29, 2009

Vai chover! (Vai tu, ora...)


De maneiras, que ando fartinha de chuva até aos olhos. Aliás, a versão poética da coisa, diz que a chuva são "lágrimas vindas do céu" ou que "céu que está a chorar". Eu cá digo que alguém lhe deve ter dado um grande desgosto, porque ninguém 'chora' com tanta intensidade durante 3 semanas - irra!!!! (Ou mais, pelo andar da carruagem.)

Eu e uma larga centena de pessoas é que estamos prestes a chorar muito muito muito. Estamos a isto de apanhar depressões e esgotamentos - além de pneumonias e de tudo o resto derivado de pés molhados e cabeças encharcadas. Depois a malta fica de baixa. Trabalha-se (ainda) menos. E este país não é para acamados!

E não me venham cá com a história da escassez de água no planeta que ainda desato ao pontapé a alguém (aquele Al Gore anda mesmo a pedi-las!!).

Nem tão pouco usem essa desculpa para subir a factura da água, porque há por aí muita a escorrer das paredes. E de borla.

Quanto "às lágrimas que caem do céu" - moço, já parávamos com a choradeira. Eu também tenho problemas. E nem por isso me vez a pingar e a fungar em cima dos outros. Pois não?

Vai chover para outro lado. Vai.

Singin' in the Rain????


Estava capaz de esganar o Gene Kelly. Serenata à Chuva???? Singin' in the Rain????

A tua sorte, meu rapaz, é que em 1952 a vida devia ser bem melhor. E devia correr-te às mil maravilhas. E estavas em Hollywood. Não admira que te desse para andares a pular e a sapatear com água pelo umbigo.

Queria-te ver hoje. Aqui e agora.

Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!

[aproveito para alertar os meus amigos/conhecidos/colegas que estão PROIBIDOS de me enviar powerpoints intitulados "Fotografias espectaculares com chuva". Imagens de casais felizes, aos beijos, debaixo de um temporal são igualmente interditas na minha caixa e-mails. Praias, palmeiras e chinelo de enfiar no dedo, são a partir de hoje um requisito para futuros fowards que incluam o meu endereço electrónico. Na pior das hipóteses, tipas de bikini super bronzeadas. Vá...]

Está de chuva, hoje... (quem diria?)


Conduzir em dias de chuva? De rir. Com nervos. Povo, é só água a cair do céu - nada mais. Cautela e precaução com o piso molhado - sim; burrice e falta de destreza - não. Já que fazem tantos estudos sobre coisas absolutamente inúteis, porque não estudarem a causa/relação entre fenómeno meteorológico e 'desaprendizagem' dos condutores durante a ocorrência de aguaceiros? Se me pagarem, pelo menos, umas caixinhas de calmantes, eu própria faço a sondagem.

Andar a pé em dias de chuva? De chorar. Com nervos. Principalmente, à conta daqueles artistas que passam com a maior das delicadezas e velocidade, mesmo em cheio daquelas imeeeensas poças de água. Amorosos.
Se isto continua assim, meto férias. Não há sistema nervoso que aguente.

Diz que dão chuva...

País mais triste e miserável, este, em que a única coisa que nos dão sem cobrar nada em troca e sem obrigar o povo a endividar-se até ao tutano... é chuva. Bah!
Alguém algures no planeta ou universo está a mandar-nos os restos de qualquer coisa. O refugo. Como se fossemos uma espécie de 'aterro sanitário meteorológico': "temos aí muita carga de água para mandar para baixo, durante 3 semanas. Sem parar. Para onde há-de ser? Qual o país que está a precisar afundar-se, ainda mais - literalmente - hum?? Portugal. Óbvio."
De maneiras, que é isto. E isto já é um exagero. Um abuso de autoridade - no extremo das responsabilidades.

E eu não tenho vida para isto.

Não tenho sequer roupa lavada para vestir. E a que foi para o arame, já lá está há 2 semanas. E há-de voltar para a máquina. Ainda bem que o meu stock de lençóis e toalhas é quase inesgotável (agora percebo o porquê de se fazer um enxoval, logo nos primeiros anos de vida. Dá muito jeito, sim senhor!)

Já as minhas calças de ganga vêem apenas água nas baínhas. Estão por isso com um aspecto... vá, da moda. Com umas manchas e tal. Mas não é defeito - é feitio. (Agora, usam-se assim. Estão umas na montra da Berska iguaizinhas. Palavra de honra.)

Cuecas e soutiens? Desisti de os secar, à noite, no aquecedor (a factura da electricidade vai ser bonita, este mês). Portanto e dado que fiquei praticamente despida nesta matéria, tive de ir comprar uns packs daqueles que trazem 4 ou 5 strings e que daqui uns meses, estão óptimas para... deitar fora. (e vivó saldos!)

Cabelo difícil de alisar e rebelde mesmo quando há humidade no ar - segundo o anúncio??? E está provado! Garnier não-sei-quê-não-sei-quantas deixa o cabelo 3 vezes mais liso!!! CALÚNIA!! MENTIRA!! Não testaram o produto debaixo das condições atmosféricas em que actualmente vivemos (nem na Suécia. Ou em Inglaterra.) e andam a enganar o consumidor. Deviam aliás, testá-lo em mim para verem a porcaria que andam a vender. Bastam-me dois segundos de cabeça ao léu - o tempo de abrir o guarda-chuva - e sou facilmente confundida com a Diana Ross ou o Marco Paulo nos early 80's (que é de momento, a cabeleira mais farta que me ocorre).

Já para não falar que uma pessoa não ganha para comprar chapéus de chuva. Deviam ser dedutíveis no IRS. Ou então (e já que inventam tanta coisa), deviam inventar uns chapéus que voltassem para casa e para os seus legítimos donos, sozinhos.

Ou seja - e feitas as contas, nem o mau tempo sai barato. Pelo contrário.

E ainda dizem que 'dão' chuva... Pois sim. Esperem lá.
Até parece que hoje em dia, alguém dá alguma coisa a alguém.

janeiro 27, 2009

A Real Telha - parte 2

"Uma boa telha oferece encaixes precisos, evitando a infiltração de água ou vento, resistência a intempéries, e desempenho condizente com o previsto no material empregado."
in Wikipédia, a enciclopédia livre


Que bom sabê-lo. Ainda bem que está a cair uma tromba de água lá fora. E que a minha telha é grande. E espero - boa.

Ainda estou para ver o que ela tem para me oferecer.

A Real Telha

Estou com a telha. Esta mesmo. É esta telha que pousa, hoje, sobre a minha cabeça.
Não sei se é do tempo de %&#?%, da TPM, alguma coisa que comi e me fez mal ou tudo junto. A verdade é que estou insuportável. E tudo o resto à minha volta, ainda mais.

Quanto muito, hoje daria para fazer um reclame a uma fábrica de cerâmica. Mas como ninguém está para me aturar com tão mau feitio, vou trancar-me em casa.

Os meus vizinhos que se orientem. E os tipos da TV Cabo também.

janeiro 19, 2009

Mamma Mia

A minha mãe é a maior. Mas é mesmo. E em tudo: é uma lutadora, uma sobrevivente, um exemplo, uma beleza, um orgulho, um espectáculo, uma força da natureza, uma mulher ímpar - and so on, so on, so on.
E é também, entre inúmeras qualidades, uma castiça.

Ora, a minha mãe não caminha para nova (nem eu!) e está, nesta altura, em plena reforma a gozar o seu merecido descanso. Ou seja, começa agora a desfrutar das maravilhas de uma novela da noite e de um final de tarde com o Fernando Mendes. E vive isto com a mesma intensidade com que viveu as alegrias e tristezas dos fregueses que lhe passaram pelo balcão da loja durante 30 anos.

De maneiras, que os nossos almoços de domingo começam com as tradicionais queixas acerca do meu progenitor ("o teu pai está de todo!") e terminam com o resumo semanal de uma tal Alice que anda a cavalo e que tem dois ou três ou mais amores e uma história de vida muito desgraçada. Não faço ideia de que raio está ela a falar mas presumo que seja coisa da TVI. E ela faz-me sempre o ponto da situação, como se de um familiar se tratasse:
- Mãe, e novidades? Está tudo bem?
- Não!
- Não?? Então porquê? O que se passa?
- Olha... aquele desgraçado anda a fazer a vida negra à rapariga. Uma tristeza! Ainda esta semana, ela foi... blá blá blá... e sabes o que ele fez?! Blá blá blá blá blá blá... Depois, o fulano meteu-se com sicrano e blá blá blá blá blá.....
- Mas quem, mãe?!
- A Alice!! A rapariga dos cavalos! Quem havia de ser???
- Mas eu não sei quem é, mãe. Eu não vejo novelas.
- Mas devias. Que aquilo é tão bonito. E o que eu gosto da Alice!
- Certo!....... E tirando isso, está tudo bem?
- Mais ou menos! Tenho ali uma galinha... só me dá problemas e arrelias. Não queiras saber! Anda a esconder os ovos e................

Como eu adoro a minha mãe! E o que ela tem para me contar.

Mas voltando à tal Alice, são tantas as vezes que está presente à nossa mesa, que qualquer dia também já lá tem um prato. No fundo, desconfio que toda esta 'preocupação' com a moça se deve ao facto de eu ser um 'caso perdido' no campo sentimental/matrimonial ("tu não queres casar e não...") - ou de a minha mãe não fazer ideia de como anda a minha vida amorosa - e de eu já ter desistido da equitação há uns largos anos.

Portanto, só me resta desejar à tal Alice, saudinha. Da boa. Que dure por mais algum tempo e que encontre um moço que a faça feliz. E que resolva a vidinha dela. Se não for por mais nada, pelo bem-estar da minha mãe.

[Quanto à galinha... é só apanhá-la a jeito e recitar-lhe uma receita de strogonoff . Vai pensar duas vezes, antes de voltar a esconder os ovos e de se meter assim com a minha mãe.]

janeiro 18, 2009

Run for your life!!!!

Podia ser reumatismo. Podia ter tropeçado e caído. Podia ter dado mau jeito enquanto dormia. Podia, na pior das hipóteses, ter sido atropelada.
Mas não. As dores que sinto no corpo todo (e em sítios do corpo que eu não sabia que tinha e que podiam doer) e que me fazem andar aos solavancos, que me tiram a destreza para vestir a calça da ganga ou conduzir e que mal me deixam tossir e levantar da cadeira, são fruto da chamada "esperteza rara e saloia". E vá, de algum peso na consciência.

Tudo porque esteve um sol lindo e quentinho este sábado e eu decidi ir correr. Correr muito muito. Como se não houvesse amanhã. Como se não tivesse mais nada que fazer. (Como se não tivesse, por exemplo, a casa para limpar.) Calcei os ténis, liguei o mp3 e dei às pernas durante cerca de 60 minutos.

E não, não levei em consideração o facto de não fazer exercício físico, assim a sério e intensivamente, há coisa de 2 meses. Também não levei em conta o facto de continuar a fumar - contrariando e ignorando as indicações da minha médica. E muito menos, pensei na noite de 6ªfeira que acabou às 4h da manhã com copos à mistura.

Ignorando também o pano do pó e o aspirador, às 11h da manhã de sábado, a única coisa que me ocorreu quando abri a pestana e vi que S.Pedro também tinha acordado bem disposto foi 'vou apanhar ar. Aproveitar que está bom tempo. Desintoxicar. Mexer o corpo. Desanuviar. Ando a fazer muitos disparates. Ai de mim se recuperar 300gr dos 15 kgs que perdi.' E lá fui eu, feliz e contente da vida.

Bastou hora e meia para que toda esta satisfação caísse por terra. Foi logo após ter tido esta brilhante atitude e um pouco antes da sensação de que tinha engolido uma caixa de fósforos acesa. Recuperar o fôlego até foi fácil - o difícil mesmo, foi recomeçar a respirar como as pessoas normais. Depois, foram os tremeliques nas pernas. As falhas nos joelhos. As cãibras nos braços. As contracções nos abdominais.

Até hoje. Até agora.

Não fosse cá por coisas, ainda ia às urgências pedir um atestado médico. Cheira-me que a semana não vai ser fácil.

Outra vez os putos...

Conhecem aquele mito de que os miúdos, hoje em dia, nascem ensinados? Não é mito. É verdade. Eles agora vêm com um chip, um sensor, umas antenas - o que quer que seja. E quando nos apanham desprevenidos, atacam-nos sem dó nem piedade com questões, dúvidas e constatações para as quais não temos resposta ou reacção. São autênticos golpes de misericórdia. Diria até, testes de competência. E eles atestam-nos com comprovativos de ignorância e estupidez. E nós nunca estamos preparados para a 'bomba'.

A A. tem 5 anos e adoptou-me como tia. E eu dou-lhe banho, às vezes. Numa dessas vezes, confessou-me "um segredo":
- Sabes, tia, os meninos não podem ver as meninas nuas na casa de banho!
- (bom princípio, miúda!) Pois... pois não, isso é muito feio. (na tua idade então.... cruzes canhoto!!!)
- Não, tia, não é por isso....
- Ah não?! Então, querida?? (Maaaaauuu.... tu queres ver?!)
- Os meninos não podem ver as meninas nuas, porque senão eles despem-se e levam as meninas para a cama e dão muitos beijos! Ihihihihihihih....
- (Ai... Oh... Meu... Deeeeeeuuuuuuuussss!) Aaaaahhhhh.... está bem! E onde é que aprendeste isso?
- Aprendi sozinha. Na escola.
- (e andas tu num colégio de freiras!! Ai... Oh... Meu.... Deus!!!!) E a tua mãe, sabe disso?!
- Não. É segredo entre nós as duas.
- (eu sou uma tia cool, eu sou uma tia cool! Eu aguento!! Mas e agora? O que é que eu digo??? Hã....) Hum... então e na tua escola não aprendem a cantar e assim? Canta lá As Pombinhas da Catrina, anda... (uuuuuuffffffffaaaaa.....)

O F. é meu sobrinho e também tem 5 anos. Um dia depois da cena do banho com a A., a mãe liga-me e dispara-me isto:
- O teu sobrinho quer casar.
- Oi? Estou?? Quem fala??
- Pior: não sabe com quem. Se com a X se com a Y. Se bem que ele nunca esqueceu a W....
- Mas eu estou a falar com quem?? És tu, minha irmã???
- Não imaginas a conversa séria que tivemos.
- Não, não imagino...
- Diz ele que não sabe se há-de casar com a X - que é a namorada oficial. Mas agora conheceu a Y e a miúda deu-lhe a volta à cabeça. Para tornar as coisas ainda mais confusas, ele ainda anda com a W no goto. Sendo que conheceu a W entre os 2 e os 3 anos de idade!
- Mulheres... todas iguais! Tssssssss....
- De maneiras, que agora anda a X e a Y a questionar o rapaz e ele não sabe o que dizer.
- Nem eu! Nem eu!!
- E ele, coitadinho, não sabe o que responder. A nenhuma delas. Sente-se muito pressionado.
- Com 5 anos... pois... é normal!
- Ele diz que se pudesse, casava era com a irmã - que é tãããããããooo fofinha!!!
- Perante essa impossibilidade, ele que escolha a mais rica, gira e inteligente.
- Ahahahahahahahahaha... Se agora já é assim, estou para ver daqui a uns anos.
- É de família, sabes?! Somos pessoas bonitas, atraentes, interessantes e inesquecíveis. Fazer o quê?! (suspiro)

Raça dos garotos.

Não têm o Canal Panda em casa? O quarto cheio de cangalhada e tralha para brincarem? Barbies para pentear? Carrinhos para telecomandar? Hum?

Se os apanho com idade para irem para os copos, nem sabem o que os espera.

janeiro 15, 2009

Addicted

E de repente, a minha vida começou a fazer (todo o) sentido. Isto explica, realmente muita coisa. Muita mesma:

“Beber grandes quantidades de café, pode causar alucinações, de acordo com um estudo realizado por psicólogos da Universidade de Durham, na Grã-Bretanha. Mais de 7 chávenas por dia, aumenta três vezes mais a probabilidade de ouvir vozes.”

(ainda bem que é o George Clooney a fazer o anúncio da Nespresso. A alucinar, que seja com ele. Sem dúvida.)

janeiro 14, 2009

‘Mulher-tem-dias’

O que eu gostava de ter uma mulher-a-dias. Uma D. Alzira, uma Menina Clementina (de 65 anos) ou, vá, uma Natasha (que por acaso até é licenciada em Biotecnologia, lá na terra dela). Palavra de honra que gostava. Acho que é o dinheiro mais bem gasto ao mês. Nada deve ser melhor que chegar a casa e ter tudo arrumadinho, passadinho a ferro e a cheirar a Cif Limão. (diz que às vezes, o pó só foi limpo à volta dos naperons. Mas aparentemente, a coisa está um brinco!)

Eu, em vez disso, tenho bolas de cotão a rolarem-me casa fora. Toalhas e t-shirts enrugadas nas gavetas (directamente do arame para a cómoda). E ‘aversão’ a passar um sábado inteiro de pano e esfregona na mão. (por falar nisso, Deus queira que esteja um tempo de porcaria este sábado, para não ter a tentação de passar a tarde na rua…)

E não tenho uma mulher-a-dias por várias razões. (Mas gostava.)

Primeiro, porque a minha casa é um ‘umbigo’. Um T1 tão pequeno que uma empregada se riria na minha cara, se eu lhe pagasse para lá ir sacudir tapetes. E ainda era senhora para me chamar nomes que podiam variar entre o ‘badalhoca’ e o ‘malandrona’ (e acreditem que já estaria a ser um amor). Já para não dizer que ou eu ou ela teríamos de sair, caso nos cruzássemos debaixo do mesmo tecto. Por falta de espaço. Obviamente.

Segundo, não me agrada muito a ideia de ter alguém a mexericar nas minhas coisas, em geral – nos meus livros, em particular. Ainda que seja para limpar e tirar as ‘tenhas’ de aranha. Eu posso rasgar, manchar, sujar e bater-me a seguir por ser desastrada. Não o posso fazer a alguém a quem, ainda por cima, pago. Além de que circulam aí histórias escabrosas de pessoas que levam artigos ‘emprestados’ e nunca mais os devolvem. E outras que levam uns cobertores e umas mantas para “lavar na máquina da senhora que tem um tambor maior e o detergente, é melhor. Mas eu ia-lhe dizer, minha senhora!” E também outras que aproveitam para tomar um banhinho e secar o cabelo no fim da faxina. Já para não falar daquelas que se esquecem de mudar o canal da tv para a Sic Notícias e a deixam sintonizada na TV Globo. Claro que há excepções à regra. Mas…. naaaa. Comigo não.

Terceiro, (e isto foi-me dito com conhecimento de causa) as mulheres-a-dias estão a reivindicar aumentos salariais. E tal como me foi questionado: “como é que nos deixamos enganar ao ponto de pagar a alguém que, contas feitas, ganha bem mais que nós?” Pois não sei. Não uso.

Mas estou tentada a saber. Não quanto elas ganham mas quanto seria eu capaz de facturar.

janeiro 12, 2009

Os Putos

Ora cá está o belo do e-mail que dá um gozo imenso receber numa segunda-feira de manhã. Ainda por cima é daqueles que não dá direito a pragas nem nos impede de ganhar a lotaria ou de encontrar a nossa alma gémea (?) - em caso de não 'reencaminhanço' para 6344532 pessoas num espaço que varia entre os 5 minutos e as 12horas. (Parece que os azares são proporcionais aos amigos e ao espaço temporal.)

É simplesmente para ler e rir. Muito.



O que se aprende com putos do 2º ano ?!


- Antigamente na França os criminosos eram executados com a Gelatina... (Pelo menos assim não doía tanto!)

- Em Portugal os homens e as Mulheres podem casar. A isto chama-se monotonia. (É frustrante que até na 2ª Classe já pensam assim!)

- Em nossa casa cada um tem o seu quarto. Só a mamã é que tem de dormir sempre com o papá. (Um destino terrível !)

- Os homens não podem casar com homens porque então ninguém podia usar o vestido de noiva. (Que pena, ahh.)

- Um seguro de vida é o dinheiro que se recebe depois de ter sobrevivido a um acidente grave. (Certo! E estas pessoas na regra vivem com outro nome no Brasil)

- Os meus pais só compram papel higiénico cinzento, porque já fui utilizado e é bom para o ambiente. (Que bom!)

- Adoptar uma criança é melhor! Assim os pais podem escolher os filhos e não têm de ficar com os que lhe saem. (Com os animais de estimação também funciona assim.)

- Adão e Eva viviam em Paris. (Sim, sim lá também é Paridisiaco).

- O hemisfério Norte gira no sentido contrário do hemisfério Sul (Viver ao longo do Equador deve ser divertido.)

- As vacas não podem correr para não verterem o leite. (Que bom saber isso!)

- Um pêssego é como uma maçã só que com um tapete por cima. (Nunca tinha pensado nisto.)


- Eu não sou baptizado, mas estou vacinado. (Efectivamente deve ajudar mais.)

- Depois do homem deixar de ser macaco passou a ser Egípcio. (Mmm... Isto ainda não sabia!)


- A Primavera é a primeira estação do ano. É na primavera que as galinhas põem os ovos e os agricultores põem as batatas. (Nunca mais como batatas.)

- A minha tia tem tantas dores nos braços que mal consegue erguê-los por cima da cabeça e com as pernas é a mesma coisa. (Acho que a mim aconteceria o mesmo às pernas.)

- Um círculo é um quadrado redondo. (Também pode ser visto assim.)

- A terra gira 365 dias todos os anos, mas a cada 4 anos precisa de mais um dia e é sempre em Fevereiro. Não sei porquê. Talvez por estar muito frio. (Um génio!)

- A minha irmã está muito doente. Todos os dias toma uma pílula, mas às escondidas para os meus pais não ficarem preocupados. (Sem comentários!)

janeiro 10, 2009

Saturday Morning

Eu tenho problemas. De várias ordens, é um facto. Mas tenho especiais inquietações com os meus vizinhos (que, ainda assim, me preenchem praticamente todo o blog). Porque os meus vizinhos foram todos escolhidinhos a dedo. E alguns deles gostam de curtir 'grande som' a um sábado de manhã (vá lá, podia ser a altas horas da madrugada). E eu até podia tolerar a coisa, não fosse para eles.... Scorpions, sinónimo de 'grande som'.

Ora, isto levanta várias questões. A primeira delas: porque raio insistem em ressuscitar os Scorpions??? As criaturas estão velhas e cansadas. Deixem-nas sossegadas a gozar a reforma. E acima de tudo, não lhes dêem ideias. Vai que se lembram de lançar um novo ('novo' quando se fala dos Scorpions, é uma definição questionável) álbum e isso não augura nada de bom.

Segunda questão: se tiro o som ao telemóvel e as pilhas ao despertador para não ser incomodada a um sábado - muito menos de manhã, como?? Como é que se me entra pelo quarto dentro, a "brigada do reumático" liderada pelo Klaus Meine a assobiar o Wind of Change??? Versão ao vivo, claro, que dura qualquer coisa como 7''36'. Quem é que os mandou vir?? Hum?

Last question but not least: está escrito na lei - música dos Scorpions é apenas e audível, suportável e tolerável em noites de perseguição. E não é para qualquer um. Nem numa circunstância qualquer.

Portanto, não tentem fazer isto em vossa casa. Durmam mas é. O fim-de-semana merece respeito. E eventualmente, um ou outro vizinho.

janeiro 09, 2009

O que seria do Homem sem a sua Mulher?

Uma bela SmS que eu recebi...

"ola* na axoxiaxao dexportiva e recriativa de Monte de Bois vaixe realizar a inauguraxao d bull Bar no dia 6 de fevreiro xxta feira pelas 22h.o consumo minimo para os homenx e de 2E e para as mulheres 1E c/oferta de uma bebida. Aparece e trax um amigo! Contamos cntg! paxa a xmx"

Ora aqui está uma grande sms, e é um belo exemplar sem dúvida de uma nova moda que põe a publicidade gratuita. É o que dá as sms "á pala". Portanto vamos lá a analizar:
É bonito ajudar a aSSoÇiaÇão deSportiva da própria terra, é um acto de bairrismo e até de amor á camisola, aqui o que não é concebível é a terra chamar-se Monte De Bois (pois é verdade porque eu fui procurar e de facto a terra chama-se assim e fica algures no concelho de Alcobaça mais exactamente na freguesia do Bárrio). O pior de tudo isto é que Bull Bar não me parece que ajude muito a publicidade pois porque, se o nome da terra em si já não é apelativo um bar chamado "Boi Bar" não ajuda na festa.
O que me chateia mesmo aqui é que hoje em dia fala-se dos Direitos das Mulheres para aqui e para ali, e os Direitos dos Homens onde estão?? Porque têm elas que pagar menos? Não entendo... Ah... Talvez seja para encher a terra dos Bois de mulheres... Assim faz sentido...
É verdade, mandem as vossas sms parvas para nós porque nós gostamos sempre de as ler e apreciar a sua beleza contida no meio de tanto X. Continuem connosco que nós continuamos a desbravar o mundo desta tecnologia que é a mensagem escrita!

On the road #1

Adoro conduzir. Não há melhor terapia que pegar no carro e sair de casa às 3h da manhã, de pijama e pantufas, só para desanuviar. Ou comprar tabaco numa bomba de serviço, vá.
Mas infelizmente há quem não compreenda que conduzir é uma bênção. Há inclusivé alturas em que dá vontade de parar o automóvel, deixá-lo no meio da estrada e ir a pé até ao destino marcado.

E nem vou falar da mortalidade rodoviária ou dos excessos e asneiradas dos 'pseudo' Rubens Barrichellos e Kimi Räikkonens das nossas estradas. Não. Isso são outras guerras. Vamos a casos simples.

Caso #1:
Conduzir ao fim de semana, domingo à tarde em especial - uma tragédia. Grega. A circunstância perfeita e ideal (?) para ter um AVC, uma crise de hipertensão ou no mínimo, um acesso de raiva que nos faz espumar da boca.
Entendo que a malta goste de passear nas calmas para apreciar a paisagem ou explorar pacientemente o 'bólide' novo com a esposa, marido, filhos, filhas, futuros genros ou noras, um neto ou outro e - com jeito, bem arrumados - os sogros. Compreendo que o povo queira (e bem) cumprir e respeitar os limites de velocidade. Há por aí muito maluco ao volante e as multas também estão caras e tal... de maneiras, que não convém esticar muito a corda.

Mas, por caridade e misericórdia, não atrapalhem quem não tem a vossa vida, tempo e paciência para passeatas domingueiras. Qual é a necessidade de ocuparem duas faixas de rodagem, hum? Uma não vos chega?? E porque raio ultrapassam alguém que vai a 50kms para, durante a ultrapassagem, reduzirem para 3ª e não irem além dos 40km/h?! Não sabeis que isso também provoca acidentes? Sustos? Cargas de nervos nos outros?? Além disso, uma auto-estrada ou uma via rápida não tem assim tanto que ver à volta. Há por aí tanta estrada secundária com tantas vaquinhas e ovelhinhas à berma e tanto vendedor de fruta, que é um desperdício não lhes dar uns minutos de atenção ou comprar qualquer coisinha. E, buracos por buracos, pelo menos não pagam portagem para os atravessar.

O que realmente me preocupa, é que já hoje é 6ªfeira e a metereologia está a avançar a possibilidade de uma eventual queda de neve para o fim-de-semana. Com os copos não conduzo, mas sou muito moça para engolir um calmante - ou dois, antes de meter a chave na ignição nos próximos dias.

janeiro 08, 2009

A culpa é do Gore!

Frio? Naaaaa. Frio faz na Sibéria. No Alasca. Na Gronelândia. Não em Portugal. Por cá, não se sente frio.

Nós entrámos foi na Idade do Gelo.

Aliás... ia jurar que esta manhã vi um bando de pinguins, 3 ursos polares, 4 morsas e 2 focas ali à beira-rio. E eventualmente, um mamute. Não garanto. Como sou meio pitosga, também podia ser alguém muito feio, com um casaco de pêlo (igualmente feio) vestido.

Mas o que eu gostava mesmo, era de apanhar aquele senhor Al Gore a jeito, para lhe perguntar - cara a cara, assim, de repente - onde raio é que anda o 'aquecimento global' que ele tanto apregoa.
"Ouça lá, pela lógica, não era suposto andarmos todos quentinhos? Hum? Não quererá dizer antes 'arrefecimento global'? Pense melhor. Pense, que é para isso que lhe pagam e lhe deram um Nobel. Vá lá à sua vida."

Anda mesmo a pedir que fale mal dele. Ah pois anda.

janeiro 07, 2009

Deixem trabalhar o artista!!

Já dizia o outro 'o artista é um bom artista'. E o meu bairro, está apinhadinho deles. Aliás, o meu prédio podia muito bem ser uma sucursal da Casa do Artista.

E como o artista (especialmente, o que vive no andar de baixo) não tem dia, hora ou local para dar aso à sua imaginação e asas à sua inspiração... vai de sacar da viola às 00h47 e vai de fazer um agrado aos vizinhos que por acaso até se levantam cedo para trabalhar e alguns - doidos! - até têm crianças a dormir. Ou tinham, antes do concerto começar.

A coisa até seria perdoável e suportável (e bem conversados, ele e eu até podíamos sacar uns trocos porreiros com a venda de ingressos para um ou outro espectáculo), se o dito artista/guitarrista tocasse alguma coisa de jeito. Perdão, se tocasse efecivamente alguma coisa. Mas o 'busilis' da questão é mesmo essa: o homem arranha as cordas da guitarra durante horas. E o que sai, não é bonito. Nem suportável. Muito menos agradável. Tudo isto com a agravante de serem quase 2h da manhã, num dia de semana e o Jimi Hendrix cá do sítio fazer-se de surdo perante as reclamações dos outros inquilinos.

Basicamente, o meu vizinho não serve para nada. Apenas para chatear e fazer barulho. (E também há-de ser muito homenzinho para me vir cravar uma xícara de açúcar ou dois ovinhos numa altura de aflição.) E claro, para me dar motivos para lhe rogar uma ou outra praga. Das pequenas, vá.

Felizmente, não lhe deu para ligar um amplificador ao instrumento. Ou virar-se para o canto lírico. Ainda.

Mas o melhor é não dar ideias.

janeiro 06, 2009

Men

"Então, oh Laurinha... tu arranjas um blog para falar mal dos outros e não escreves nada sobre quem mais há para dizer?! Não vais enxuvalhar... os homens? Um, pelo menos?!" Ao que a Laurinha responde: não.
Não há paciência, tempo ou vontade para voltar a 'bater no ceguinho'. Mais uma vez (muita porradinha leva o ceguinho... bolas!!). E o assunto, ainda que inesgotável, já cansa. E para dizer a verdade, neles já nada nos surpreende. Nem pela negativa. Muito menos, pela positiva.
De maneiras que há coisas melhores para fazer que desperdiçar energia (nomeadamente eléctrica) para me debruçar sobre o tema.

O problema é que nós gostamos de homens. E gostamos muito.
Pena que alguns não gostem de nós.



janeiro 05, 2009

Eu nunca...


Eu nunca disse 'amo-te'.
Eu nunca vou deixar de ler.
Eu nunca vi os R.E.M. ao vivo.
Eu nunca plantei uma árvore.
Eu nunca fui a Londres.
Eu nunca ganhei o Euromilhões.
Eu nunca danço em público.
Eu nunca saio de casa sem os óculos de sol.
Eu nunca fui à manicure.
Eu nunca gostei de marisco.
Eu nunca me lembro das datas de aniversários.
Eu nunca fui a Fátima a pé.
Eu nunca consigo chegar a tempo e horas.
Eu nunca bati em ninguém (mas tenho pena).
Eu nunca sangrei do nariz.
Eu nunca esqueci o meu avô.
Eu nunca vou conseguir deixar de beber café.
Eu nunca deixei de acreditar no meu Sporting.
Eu nunca (mas nunca) hei-de ser loura.
Eu nunca sou mal educada.
Eu nunca pedi um Livro de Reclamações.
Eu nunca desisti da ideia de abrir o meu próprio negócio.
Eu nunca mais me meto numa destas... (isto dá muito trabalho).

Eu já...


Eu já sou tia.
Eu já fui majorete.
Eu já beijei um desconhecido.
Eu já apareci na televisão.
Eu já fui à bruxa.
Eu já fiz teatro.
Eu já fui a Paris.
Eu já dormi ao relento.
Eu já fiz um piercing.
Eu já persegui pessoas de carro.
Eu já bebi até à inconsciência.
Eu já fui fotografada pelo Gamito.
Eu já chorei a ver os U2 ao vivo.
Eu já tive medo de um homem.
Eu já fiz taekwoondo.
Eu já salvei a vida ao meu pai.
Eu já bordei a ponto-cruz.
Eu já cantei fado.
Eu já estive 3 dias sem tomar banho.
Eu já quis emigrar.
Eu já fiz nudismo.
Eu já levei com o chinelo da minha mãe.
Eu já podia estar casada.

janeiro 04, 2009

Diz que mudámos de ano...


... e?? Quê?? Mudámos de ano porque sim. Porque é o ciclo normal da vida. Do universo. Do que quer que seja.
Mudámos de ano porque somos obrigados a isso. Porque as contas do Criador são assim: de 365 em 365 dias (366, pontualmente) - bumba! Recomeça tudo outra vez. Não há nada para se comemorar aqui. É o que é. O filme é repetido.
Se de repente acabasse a guerra, a fome e a injustiça no mundo; se, às doze badaladas, ficássemos todos ricos e cheiinhos de saúde ou se vestir cuecas azuis e pôr dinheiro nos sapatos fosse realmente sinónimo de vida nova e 'bora lá ser felizes para sempre'... aí sim, meus amigos, havia desculpa para festa. Da rija. Beber e festejar como se não houvesse amanhã!

Mas não. A novidade de um ano está naquilo a que nos propomos fazer e mudar, diariamente. Não nos planos, nos objectivos, nas metas que traçamos e que prometemos cumprir e alcançar em cada uma das 12 passas que engolimos no revellion. Até porque, quando o fazemos, já estamos é com os copos e tomara nós lembrar-nos de como chegámos a casa no dia seguinte - quanto mais do que prometemos fazer ao longo de 12 meses.
Portanto, a ideia aqui é muito simples: não prometam, não esperem, não especulem e sobretudo não (me) desejem 'bom ano'! Desejem antes 'bom dia' ou, se quiserem ir efectivamente muuuuuiiiiito mais longe, desejem um 'bom fim de semana', vá... Faz mais sentido. Faz todo o sentido. É tempo que podemos controlar a nosso bel prazer.
Além de ninguém estar a salvo de partir as duas perninhas a sair do banho e lá se vai meio ano para o galheiro. ("Mas eu até entrei com o pé direito em 2009... como é que agora me escorregam os dois??? Hum??? O que é que falhou?? Será que foi por não vestir as cuecas azuis?!") Assim, em caso de acidente, estragamos só os planos de um dia de trabalho ou de uma saída a um sábado à noite e com sorte, ainda garantimos uma baixa por umas semanas.
De maneiras que é isto... esqueçam lá essa euforia da passagem de ano e comemorem o facto de terem sobrevivido ao degredo. Façam por ter bons dias, todos os dias. Um de cada vez. Deixem de ser preguiçosos e arranjem bons e legítimos motivos para andar a festejar, 24 sobre 24h.
E por favor, apanhem um valente pifo por já estarmos no Dia de Reis. Eu cá, é o que vou fazer.