junho 30, 2010

A culpa…

… não é do Queiroz, nem do CR7, nem do árbitro. Não.

A culpa disto tudo é do D. Afonso Henriques, que em vez de se ter armado cavaleiro, armou-se claramente em parvo, declarou Portugal “um reino independente” do que é hoje a Espanha e ainda arreou na mãe. (e ainda reclamamos dos putos do séc.XXI... os genes são tramados.)

Longe de querer ou estar aqui a renegar a minha pátria, é só para dizer que o juizínho faz muito falta. Mas uma mãe que assente dois pares de lambadas no momento certo, ainda faz mais.

(Isto no Europeu é que vai correr bem. É um feeling que eu tenho.)

junho 29, 2010

(Contra os canhões) Marchar, marchar…

O S. António já se acabou. O S. Pedro está-se a acabar. E o S. João, idem aspas aspas. (O que eu não esperava era ver uma Rainha Santa no meio de uma marcha popular a ‘cuspir’ confetis. Mas vi. Para o ano, sugiro um S. Francisco em flick flacks.)

Agora, arrumadas as marchas e nesta altura do campeonato, os santinhos vão é ‘marchar contra os canhões’ e ser chamados à selecção para acudir pelo Portugal no Mundial. Substituem-se as sardinhas pelas velinhas, os manjericos pelos cachecóis, os arquinhos e os balões pelas bandeiras e as ‘vuzuzelas’ (perguntava-me uma amiga no outro dia: mas afinal o que é isso?! A Vuvuzela? É uma terra? Fica aonde? Em África?... A tua cabeça às vezes, é que parece o deserto do Saara, mulher! Como é que é possível que nunca tenhas dado conta do raio da corneta?!?!?!), erguem-se as mãos em oração enquanto o esférico rola no campo e com sorte, ‘ainda vamos todos a Fátima a pé se ganharmos o Mundial’.

Isto nos primeiros 5 minutos de jogo. E com sorte.

Com azar, ao fim dos 90, rogamos pragas e atiramos culpas ao seleccionador, aos jogadores, ao massagista, ao senhor das toalhas, à equipa adversária, à FIFA, ao Maradona, ao Del Bosque e com jeito, ao primeiro-ministro (que bem as merece). Adere-se a um grupo no Facebook dedicado a vaiar os ‘Navegadores do Queiroz’. E lá se vai o respeito pela religião e pelo Pai Nosso Que Estais no Céu, deixa lá o Ronaldo meter um golinho - enquanto se apregoam em plenos pulmões, as actividades mundanas e sexuais das progenitoras dos aselhas e coxos que andam a correr atrás de uma bola e a ganhar mais num dia do que eu ganho num ano.

Se a coisa correr efectivamente bem, no final da partida, está tudo tão bem bebido e eufórico que já ninguém se lembra para que lado é Fátima. Quanto mais lá ir a pé. A nossa selecção é a maior. O chefe é tão genial que até deixa ver o jogo. Adere-se a mais um grupo no Facebook a enaltecer os feitos dos ‘Navegadores’.

E Noss’ Senhor nos (e lhes) dê saudinha e força, que assim não há coração que aguente até ao fim do campeonato.