dezembro 27, 2008

Como medir um homem na escala entre macho e bichona.

1. Higiene pessoal:
· Toma banho em 3 minutos e usa sabão azul-e-branco em barra = MACHO
· Toma banho rápido e usa champoo = HOMEM MÉDIO
· Demora meia hora e usa sabonete líquido = TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
· Toma banho de espuma na banheira = PANASCA ASSUMIDO

2. Higiene pessoal:
· Mija em pé e nem sacode a sarda = MACHO PARA C*R*LH*
· Mija em pé e sacode o cacete para secá-lo = MUITO HOMEM
· Mija sentado e sacode o sexo para secá-lo = TENDÊNCIAS HOMOSSEXUAIS
· Mija sentado e seca a ponta da pila com papel higiênico = MUITO GAY, PRATICAMENTE GAJA

3. Uso de cremes e bronzeadores:
· Não usa = MACHO
· Usa um pouco no Verão = SENSÍVEL
· Usa bastante no Verão = BICHA
· Usa bastante o ano todo = TOTALMENTE ROTO

4. Presentes que gosta de ganhar:
· Uma garrafa de bagaço ou whisky = HOMEM MÁSCULO
· Uma peça de roupa = FINO
· Doces, bombons etc. = MEIO ROTO
· Flores e/ou perfumes = PANELEIRO

5. Tratamento dos animais de estimação:
· Seu cão vive no quintal e come restos de comida = VARÃO
· Seu cão vive dentro de casa, come ração especial = DELICADO
· Acaricia muito o gato (que já é amaricado por si só) que dorme na sua própria cama = BICHA TOTAL


6. Tratamento das plantas:
· Alimenta-se de algumas delas = RAMBO
· Tem algumas plantas no quintal que não são regadas = MACHO
· Cuida das plantas e dos arbustos = FLORZINHA
· Rega, poda plantas e flores de seu jardim = BICHINHA PURPURINADA

7. Uso do espelho:
· Não usa = VIKING
· Usa somente para fazer barba e pentear cabelo = VAIDOSO
· Admira sua pele e observa seus músculos = GAY
· Igual ao GAY, e ainda admira a sua bilha = LOUCA DESATINADA
· Admira-se com diferentes perucas, vestidos e maquilhagem = TRAVESTI

8. Penteado:
· Não se penteia = MACHÃO
· Penteia-se depois do banho = HOMEM
· Penteia-se várias vezes ao dia = FRESCO
· Penteia-se várias vezes ao dia e pinta cabelo = BICHA
· Penteia os outros e dá conselhos de penteados = BICHA DOIDA

9. Limpeza da casa:
· Varre quando ouve a porcaria estalar sob a sola dos sapatos = ANIMAL
· Varre quando o pó cobre o chão = MACHO
· Limpa com água e detergente = FLOR
· Limpa com água, detergente e aromatizante = AMÉLIA
· Usa aspirador de pó = BORBOLETA



10. Desportos preferidos:
· Futebol, luta livre, automobilismo = MACHO DE CARTEIRINHA
· Tênis, bowling, voleibol = TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
· Aeróbica, spinning = LOUCA
· Os mesmos, mas usando short de lycra = SUPER MARICAS

11. Comidas preferidas:
· Pacassa, javali, animais assados, comida apimentada e gordurosa = TARZAN
· Peixe e salada para não engordar = SENSÍVEL
· Sanduíches integrais, consomées = PÉ-DE-SALSA
· Aves acompanhadas de vegetais cozidos no vapor = BICHA MUITO LOUCA

12. Cerveja:
· Gelada e em grandes quantidades = MACHO DEMAIS
· Só uma para matar a sede no calor = PANELEIRICE SOB CONTROLE
· Com limão e sal = SUPER MARICAS
· Sem álcool = PRATICAMENTE UMA LIBÉLULA

Coisas... Coisas... E mais Coisas...

Trago hoje aqui um concurso, a pergunta é ela muito simples: Quem é capaz de arranjar um nome de uma associação melhor do que eu?
Devem-se estar a perguntar sobre o que estarei eu a falar mas eu mostro-vos.






Lanço este repto, mas aviso já que não podem ser nomes inventados mas sim tudo associações que de facto existam. Quem é capaz de arranjar melhor do que a Associação de Melhoramentos da Picha? Fico á espera que me surpreendam...
E não vale a Associação Recreativa de Monte de Bois ta bem?

dezembro 21, 2008

Meus amores,


A tia abriu uma excepção e desta vez não vai falar mal dos outros. Quer dizer, vai se se atreverem a meter-se convosco. Mas hoje quero falar para e com vocês.

Primeiro, o Francis. Que já cá anda há mais tempo e vai ser o mano mais velho. Esta coisa da idade merece respeito, puto!
Quero que saibas que és especial. Que o facto da família estar maior, só te vai tornar ainda mais especial. Que a mãe e o pai vão ter amor para te dar, sempre. E cada vez mais. Quer te portes bem ou menos bem. Vais é ter de ser corajoso e paciente nos primeiros tempos porque a mana é pequenina e precisa de ajuda para tudo. Mas também sei que vais ser um homenzinho e que vais fazer tudo o que estiver ao teu alcance para ajudares também. No entanto, vai haver alturas em que não vais achar grande piada a tanta atenção partilhada. Não faz mal, puto. É assim mesmo. Podes perguntar a quem quiseres.
Só não podes duvidar o quanto te amo de paixão. E do quanto fazes parte de mim. Nunca me questiones se gosto mais de ti que da mana (ou vice versa) porque vou adorar-vos com o mesmo peso, conta e medida. Mas quero que saibas que és o meu mais que tudo. O meu orgulho. O meu pequeno grande amor. O primeiro. O único. Estarei sempre contigo e para ti, nos bons e nos maus momentos. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Sei que nem sempre o demonstro da melhor maneira ou tantas vezes quanto mereces mas dou a vida por ti se ma pedires ou precisares.
Toma bem conta da 'piquena', ok?!

Para a Mada. Minha querida, nem sabes o que te espera! Estás a horas de respirar pela primeira vez este mundo e vais chorar quando o fizeres. Primeiramente, porque te vai doer e porque a barriga da mãe é seguramente o melhor sítio para se estar. Depois, porque te vais questionar ao longo da vida ‘quem é que me mandou vir?’ Mas calma, miúda, isso ainda vai levar muito tempo. Além de que, garanto-te eu, também vais derramar muitas lágrimas de alegria. Muitas mesmo.
E a verdade, é que isto não é tão mau quanto parece. É certo que vais nascer no Inverno, num país em crise, num planeta ameaçado por inúmeras coisas mas isso não importa nada. Porque vais ser muito bem vinda. E muito amada. Estamos todos ansiosos por te pegar ao colo, ver-te crescer e te encher de tudo aquilo a que tens direito. E mais ainda! A nossa família não é perfeita (nenhuma é. O que vais ver nos filmes, é mesmo ficção) mas não te preocupes porque vais ter uma casa linda, um mano extraordinário, uma mãe-coragem, um pai-herói, uns avós babados e uma tia que… enfim, fala mal dos outros em blogs, tem um piercing no nariz e uma tatuagem nas costas. E claro, que te adora desde o momento que soube da tua existência. Hoje e sempre. Cada vez mais.
Por isso, miúda… cá te espero. Que venhas carregadinha de saúde e que a estrela da sorte e a da felicidade te acompanhem. Até amanhã, princesa.


P.s. – dado que tudo (ou alguma coisinha, vá) o que tenho será vosso um dia, EXIJO que me metam num lar de 3ªidade de grande qualidade. Ou melhor, de altíssima qualidade. Tipo hotel de 5 estrelas para reformados. Mas falaremos melhor quando tiverem idade para irmos os três para os copos…

Era uma vez num shopping…

Odeio shoppings, centros comerciais e toda a espécie de grandes superfícies comerciais. No entanto, não consigo não os frequentar. Quanto mais não seja para ir ao supermercado. E porque se escolhermos bem o spot nos vamos sentir as mais bonitas, as mais bem vestidas, as mais discretas, as mais educadas e comportadas e seguramente, as que riem mais (e melhor) de tudo e todos.

Não é presunção da minha parte. É a verdade. Pura e dura. Ele há material do bom, num centro comercial.

Senão vejamos, p.e., aquelas famílias inteiras que fazem das compras de fim-de-semana a desculpa perfeita para passearem de fato de treino impermeável. Daqueles com nuances florescentes ou com o emblema de Portugal nas costas. Daqueles que fazem ‘chlec chlec’ com o roçar de braços e pernas. Quem nunca parou para comentar e rir (ainda que sozinho) ou é distraído ou mentiroso.

Sem esquecer também aqueles espécimes que se deslocam em bandos de nunca menos de 10 (são efectivamente mais que as mães), se armam em engraçadinhos, são mal educados, barulhentos, peneirentos e que dão vontade de esbofetear cada vez que nos tocam ou pisam e nos viram costas sem pedir desculpa. Até por bem menos, diga-se. Sim, as manadas de adolescentes sub-14. Esses mesmos.

Mas há mais.
Descobri há dias uma nova (?) espécie que frequenta shoppings à hora de almoço. No meio da confusão de tabuleiros, eis que surge uma cidadã a analisar o cenário e a vasculhar a carteira. Pelo ar tresloucado da mulher, ainda me ocorreu ‘vai sacar de uma arma e desatar aos tiros. Logo hoje que fui arrastada para aqui…’. Mas em vez disso, puxou de uma ‘saca’ de plástico do Continente, dirigiu-se ao caixote do lixo, pegou num guardanapo usado (sabe-se lá por quem e sabe Deus para que efeito) e com ele, vai de varrer todos os ossos e restos de comida que encontrou pela frente para dentro da dita ‘saca’. Para o ‘canito’, presumo eu. Feita a limpeza, toca de atar as asas, enfiar o almoço dentro da carteira e apertar a carteira contra o peito – não fosse a senhora que recolhe os tabuleiros, dar fé da situação e arranjar ali alguma inquietação. Pelo caminho, ainda deitou um olho à minha sopa mas lá reparou que a coisa ainda ia demorar. Quem deu conta do que se passou, ficou ligeiramente indisposto e, vá… enojado.

Eu fiquei a fazer filmes mentais com as chaves, o telemóvel e o porta-moedas da personagem em questão a boiarem na ‘lavagem’ de puré, hambúrguer, pizza, meia entremeada e ossinhos de frango da Guia dentro daquela carteira.

E até era uma carteira das boas.

dezembro 20, 2008

Mazelas


Estou doente. Pela 2ªvez em menos de um mês.
Fanhosa.
Ranhosa. Com o nariz em ferida de tanto o assoar.
Com tosse de cão.
Surda que nem uma porta.
Entupida em aspirinas e genéricos de qualquer coisa que o senhor da farmácia disse que era bom (bom para o vírus da gripe que assinou um 'contrato de arrendamento' por tempo indeterminado, com o meu organismo).
A chutar maços e maços de lenços de papel usados, espalhados por todo o chão da casa. (devia adoptar o sistema da amiga da foto)
Gelada até aos ossos e com um frio de morte.
Enjoada e praticamente em coma alcoólico à conta de tanto chá quente com mel e umas gotas de whisky.
Se eu não soubesse que era o meu candeeiro, diria que a luz branca por cima da minha cabeça era o início da travessia para 'o outro lado'.

Preciso descobrir quem me pegou isto. Para dizer mal dele ou dela. Obviamente.

Um outro perú de Natal (o falso, portanto...)

Nem de propósito! Ainda a tentar recuperar do choque causado pelo perú Costinha, eis que me enviam pela 37ªvez este ano (82ª contando com os anos anteriores) o seguinte e-mail de Boas Festas:

PERÚ DE NATAL COM WHISKY

Ingredientes:
1 Garrafa de whisky - do bom, é claro!!
1 Peru de aproximadamente 5 Kg
Sal, pimenta e molho verde a gosto
350 ml. de azeite extra-Virgem
500 g. de bacon em fatias
Nozes moídas

Modo de preparar:
Envolver o peru no bacon e temperá-lo com sal, pimenta e molho verde a gosto. Massajá-lo com azeite.
Pré-aquecer o forno durante aprox. 10 Minutos.
Beber uma boa dose (dupla) de whisky enquanto aguarda.
Colocar o peru numa assadeira grande.
Sirva-se de mais duas doses de whisky.
Ajustar o terbostato na marca 3, e, debois de uns binte bidutos, bonha para assassinar. Digu, assar a ave.
Beber bais uba dose de whisky.
Debois de beia hora formar a baertura e controlar a asssadura do pato.
Tentar zentar na gadeira, zervir-se de uooooootra dose boa de whisky.
Gozer (?), gosturar (?), gozinhar (?), sei lá, f***-se o beru.
Deixááár o vilho da buta no vorno bor ubas 4 horas.
Tentar tirar a berda do beru de lá.
Bandar bais uba boa dose de whisky pa dentro, dendar nobabente tirar o cabrããão do beru do vorno, borgue na bribeira denndadiiiva dãão deeeeeeeuuuu.
Begar o beru que gaiu no jão, e enjugar o vilho da buta gom o bano de limparrr o jão e gologá-lo duba pandeja ou galguer outra borra, bois, avinal, vozê nem gossssssssta buito dessa berda de beru. Bronto!


Apesar de não ser original nem pioneira ao publicar isto, não resisti partilhar o real espírito da coisa.

Um enorme bem haja a quem o escreveu e divulgou.

O (verdadeiro) Perú da Festa

Eu sei que a malta é mais dada ao bacalhau na Consoada, mas como temos a mania que somos finos e que adoptamos tudo o que é estrangeiro (curiosamente e inclusivamente, o bacalhau) e porque há por aí muito boa gente a substituir as couves e o 'bacalhunço' pelo perú de Natal... para esses incumpridores da tradição, aqui fica O verdadeiro perú da festa. A grande ave. Rara, por sinal. E se Deus quiser e existir, única da espécie.


(Reparem na nota: Proibida a execução pública e a venda a menores de 21 anos. A questão impõe-se: porque será?)

Queridos Vizinhos

Aos do andar de cima:
Serve esta mensagem para vos pedir as minhas mais sinceras e profundas desculpas pelo incómodo que vos tenho causado ao longo de já vários meses. De facto, o meu sono aborrece qualquer um, num raio de vários kms. O meu silêncio não é, de todo, compatível com as vossas actividades domésticas - que incluem arrastar móveis às 23h, martelar às 2h e gritar (literalmente) ao telemóvel às 5h. Peço ainda humildemente perdão por cutucar o tecto com a vassoura ou mandar-vos calar da varanda. E para vos compensar tantas noites mal dormidas, prometo não respirar tão profundamente (ou não respirar de todo). Qualquer coisa que precisem – incluindo pregar pregos, disponham sempre. Mas só depois das 3h. Ok?!


Aos do mesmo piso, ainda que no outro extremo:
Antes de mais, folgo em saber que a sua esposa voltou para casa e que fizeram as pazes. Se fosse comigo também a trancava na rua, fazia-a chorar ‘baba e ranho’, obrigava-a a pontapear a porta e a implorar perdão ao mesmo tempo que fazia saber a todo o bairro que ela o traiu. Ou se calhar, até não. A expressão ‘vai ter com ele, vai’ não é suficientemente clara para perceber o que realmente se passou. Se foi crise de ciúmes, um reparo a um actor da novela que não lhe caiu no goto ou adultério comprovado. Nesse sentido, até lhe digo que ‘sua p***!’ não chega para a ofender. Estava mesmo a pedi-las. Anyway, reparei que a paz voltou a reinar neste piso. Desejo-lhe felicidades. Para si e para os seus.

Ao do lado:
Não que tenha alguma coisa com isso, mas a minha vida não me chega e não… portanto é só para saber: o vizinho mudou-se? Não o tenho ouvido a girar a chave na porta nem a entrar em casa com o bando de gente que costumava trazer (e que à saída, confundia a minha campainha com o interruptor da luz ou ficava a ‘matar’ a conversa encostada à minha porta). Estou preocupada consigo. Vai que lhe deu alguma coisa e está aí esticado na banheira já em avançado estado de decomposição?! Ainda não me cheirou a nada, é certo – mas tanto sossego, a pessoa estranha. No fundo, homem, você é um chato. Os inquilinos anteriores, por exemplo, conseguiam ser ouvidos por todo o prédio. E eram muito mais divertidos: a moça berrava desalmadamente durante o acto sexual – e se eles o praticavam intensa e exaustivamente, hein?! Fosse a que horas e dia, fosse. Ah… e o morador anterior ao casal Maravilha, tendia para a esquizofrenia e/ou psicopatia passando a noite a correr estores. Até ao dia em que um outro vizinho lhe arrombou a porta e lhe acertou com dois moquencos no nariz. Se calhar vou-lhe pedir que vá ver de si também.

Àqueles que arrombaram as portas de entrada ou que de alguma forma se esquivaram para dentro do prédio e que viveram nas escadas de acesso às garagens durante semanas:
Sei que já não habitam por aqui, mas para o caso de terem escolhido outro imóvel deixo-vos algumas dicas para evitarem futuros conflitos: não se fazem necessidades fisiológicas nos degraus. Não se deixa o lixo espalhado pelo corredor. Não se depositam pratas queimadas nas caixas de correio das pessoas. Para assustar, a malta já lá tem as contas.
E já agora, deixem a droga. É cara e não vos faz bem nenhum.

dezembro 15, 2008

Promessas de Natal e Ano Novo

Apesar de ter uma aversão (grande. Enorme, vá...) ao Natal, decidi que este ano ia ser diferente. Até porque, a bem da verdade, se há época em que devemos abrir o coração e reflectir sobre a humanidade em geral e "o eu" em particular - the time is now.
Não posso negar que é um momento de introspectiva e de preparação para uma nova etapa e novo ano.... de maneiras que resolvi, adiantar serviço e fazer 'aquela lista' que - dizem, nos vai ajudar a tornar um bocadinho melhores.
Sou uma mulher crescida e madura. Se não posso vencer o espírito natalício, o melhor é juntar-me a ele.
Portanto, vamos a isto:

Prometo que este ano, ninguém vai levar sabonetes ou peúgas como presente. Vai antes levar um 'sinto' - "Sinto muito mas não há nada para ti, aqui. Tá a circular... andor!".

Prometo que se me apanhar no Dia de Reis... apanho um grande pifo! Para comemorar o facto de ter sobrevivido ao degredo.

Juro que se mais alguém me pede uma 'ajudinha' para a salvação das almas, dos enfermos ou dos animais... que em breve estarão é a pedir socorro. Por agressão. Da minha parte.

Juro que se ouvir ou ver mais um anúncio de perfumes, Barbies e telemóveis.... que faço explodir a televisão ou o rádio. O mesmo se aplica a filmes, música e emissões especiais/espectáculos. (Antigamente, a coisa resumia-se ao 'Natal dos Hospitais' e ao reclame do Pai -Natal-com-o-palhaço-e-o-coelho-no-comboio-ao-circo do chocolate Regina ou coisa do género e erámos todos muito mais felizes. E poupados. E contentávamo-nos. E, salvo raras excepções, crescemos todos saudáveis e sem traumas.)

Gambiarras, bolas, laços, fitas, árvores, grinaldas e principalmente, Pais Natal a trepar varandas... serão alvos a abater. Só se eu não puder. JURO!

Prometo também não responder pelos meus actos perante aqueles que me vierem com a conversa "Este ano, o Reveillon vai ser espectacular! Grande festa... loucura.... uuuuuuuhhhh!!! Contamos contigo! Tens de vir!" (hum.... será??? Pensem bem...)

Se forem realmente pessoas preocupadas em preservar a minha sanidade mental e física, não me convidem para jantares/almoços de Natal com direito a troca de prenda (no valor até 5€ ou inutilidade/foleirada da loja dos chineses) e gorros luminosos ou bandoletes com chifres. Fiquemo-nos pelos 'comes e bebes', numa altura em que os restaurantes estejam mais vazios e os preços não inflacionados pela procura da época. Juro que não vai correr bem, um convite desses....

Finalmente (e acreditem - muito mais haveria para dizer!), prometo pagar a alguém que se enfie num centro comercial, por mim, só para comprar uns tarecos para os sobrinhos. Coisa pouca. Coisa rápida.
Não?

Alguém? Ninguém?

Mas onde raio está o espírito natalício, hum?!?!...


dezembro 12, 2008

Discos Perdidos

Se é para falar mal, também tenho material para amostra. Isto porque, de vez em quando faço uns programas de rádio e aquilo é mundo!

Esta história já tem uns anos, mas merece ser recordada. Isto foi uma carta que recebi de uma senhora, de uma terra da qual nunca tinha ouvido falar até me terem chegado estas palavras - lá está! Se não foi para mais nada, deu para pelo menos aprender qualquer coisinha de Geografia.
Mas adiante que isto é mais interessante...

Para quem já teve a disciplina de Paleografia, certamente não terá grande problema em transcrever. Mas como até já tive umas aulitas disso, o melhor é colaborar:

"espero que gostes
depois diz se
recebes-te
(parte censurada porque tinha um número de telefone)

(outra parte censurada porque tinha, desta vez, o meu nome) eu gostava
de fazer uma
entrevista no
teu programa

podes ler os
poemas na
radio e se
houver colegas
que gostem
podem fazer
fotocopias

beijinhos da
sempre amiga
Milai"

Aquilo que está escrito de lado de maneira tão destorcida que mal é perceptivel até ao olho mais agudo, diz o seguinte:

"manda uma foto tua
para o meu album de recordaçoes"

E perguntam vocês "de que raio fala esta senhora?" É que dias antes de ter recebido esta carta, atendi esta senhora no meu programa. Guardo essa emissão na memória porque me lembro que esta alma desabafou em directo, que era poetisa desde 1983 e que (passo a citar) "estou a passar por muitas dificuldades e queria fazer um apelo a todos os que nos ouvem, pois preciso de papel para escrever os meus poemas, e o meu marido não me deixa escrever, blá blá blá"...

Certo é que por esta altura já eu estava a rir de tal maneira que lacrimejava de tanto gargalhar! Para acabar com o resto, ela concluiu a sua intervenção com um poema sobre agricultura e lá foi à sua vidita de escritora.

Mas não se ficou por aqui. Mandou-me em anexo a esta carta alguns dos seus poemas que devo confessar - são (ou eram) extraordinários! Lembro-me inclusivé de um excerto de um dos seus poemas, que roçava a... vá, a profundidade:

"A avó canta, canta
e a netinha adormece
ao colo da avó
e conta-lhe coisas,
e canta-lhe canções
e a netinha diz: - Avó."

Eu também tenho uma avó. Boa senhora, ela...

Onde param as modas?

Eu sei, eu sei a resposta: as modas param no meu bairro. Mas param literalmente.
Isto porque aquilo a que as pessoas chamam de 'moda' é discutível. E dá pano para mangas ou - que é para isso que nós cá estamos, para rir.
Mas dizia eu que a moda estacionou na minha vizinhança. Abancou aqui e daqui não sai! Aliás, desconfio que foi daqui da minha rua que partiu aquela onda de revivalismo dos 80's a que todos aderiram entretanto. Atrevo-me até a dizer que sei QUEM foi a culpada...

Há uma senhora com quem costumo partilhar o balcão da pastelaria enquanto tomo café, que pode ser facilmente confundida com qualquer um dos elementos dos Poison (da foto em cima). Ia jurar que é a quarta, da esquerda para a direita. A da fita vermelha na testa.
Em suma, é assustadora. E feia. E eu não consigo despregar os olhos dela, apesar de me meter medo.

Mas o que realmente me incomoda é que ela também não tira os olhos do meu cabelo escorrido e natural e não-pigmentado/manchado/desfrizado/oleoso. E olha-me de lado, do alto do seu blazer de napa com almofadas nos ombros e botões dourados.

Não percebo porquê.

A minha vida é tão sem graça e descolorada. Não tenho sequer uma raízita de outra cor que possa ser apontada e alvo de chacota. Muito menos, indumentárias de napa.

Mas tenho pena.

Prontos...


... e se isto já não era famoso, agora acabaram com o resto: a minha médica mandou-me deixar de fumar.
Bah! Boriiiiinnngggg........
E no fim, levou-me 50€ para tornar a minha existência ainda mais miserável. E sem graça. E sem riscos. E sem prazer (sim, que a outra fonte de hipotético prazer, secou... há já algum tempo!). Toma lá!
Baaaaaaaaaaahhhhhhhhh!
Tenho de descobrir os podres da médica. Para dizer mal dela.

Não tens vida, tu?!


Nop... zero! A minha vida é isto e pouco mais que isto.... É uma seca. O auge da minha emoção diária resume-se a uma ida ao multibanco (altura em que tenho convulsões e choro) ou a uma espreitadela ao frigorífico ("o que será aquilo verde?! É impressão minha ou acabou de se mexer?"). Daí ter aberto este tasco.
E porque - lá está, não tinha nada que fazer. E porque, convenhamos, ninguém cria um blog para falar do processo de apodrecimento de um pacote de margarina Vaqueiro de 1997....
De maneiras, que é isto: pronto.... vou falar dos outros!
Meter o nariz onde não somos chamados, escarafunchar, coscuvilhar, apontar o dedo, rir, gozar... além de serem coisas altamente bestiais, tornam a nossa mísera existência muito mas muito mais interessante! Portanto, sem hipocrisia, 'bora falar das pessoas. Das que conhecemos. Das que não conhecemos. Mas principalmente das que nos dão que falar...
É... de facto a minha vida não me chega!