dezembro 12, 2008

Onde param as modas?

Eu sei, eu sei a resposta: as modas param no meu bairro. Mas param literalmente.
Isto porque aquilo a que as pessoas chamam de 'moda' é discutível. E dá pano para mangas ou - que é para isso que nós cá estamos, para rir.
Mas dizia eu que a moda estacionou na minha vizinhança. Abancou aqui e daqui não sai! Aliás, desconfio que foi daqui da minha rua que partiu aquela onda de revivalismo dos 80's a que todos aderiram entretanto. Atrevo-me até a dizer que sei QUEM foi a culpada...

Há uma senhora com quem costumo partilhar o balcão da pastelaria enquanto tomo café, que pode ser facilmente confundida com qualquer um dos elementos dos Poison (da foto em cima). Ia jurar que é a quarta, da esquerda para a direita. A da fita vermelha na testa.
Em suma, é assustadora. E feia. E eu não consigo despregar os olhos dela, apesar de me meter medo.

Mas o que realmente me incomoda é que ela também não tira os olhos do meu cabelo escorrido e natural e não-pigmentado/manchado/desfrizado/oleoso. E olha-me de lado, do alto do seu blazer de napa com almofadas nos ombros e botões dourados.

Não percebo porquê.

A minha vida é tão sem graça e descolorada. Não tenho sequer uma raízita de outra cor que possa ser apontada e alvo de chacota. Muito menos, indumentárias de napa.

Mas tenho pena.

1 comentário:

Não tens vida, pois não?!