março 14, 2009

O meio...

Diz que rir é o melhor remédio. E nesse sentido, comecei a rir muito muito muito na esperança de ficar curada. (O que eu me ri, sobretudo com nervos, nas longas horas de espera no médico.)
Mas não deu grande resultado. Aliás, comecei foi a não achar graça nenhuma à minha vida. Às minhas dores. Aos meus sangramentos. E às minhas mazelas.

4 dias (e apenas 4 dias) após ter sido queimada nas ‘partes baixas’, dei comigo nas urgências do hospital. Mais uma vez. Mas desta vez agarrada aos dentes e ao ouvido. Inicialmente, ainda julguei que fossem umas aftas e tal (“com tanto comprimido, Laura Soraia, esse fígado deve estar todo desgraçado. É natural que tenhas aí umas aftazitas. Vá… isso passa!”), mas novamente bati ao lado no diagnóstico. Tinha na verdade um dente incluso infectado que me doía cumó raio, que me fazia lacrimejar cada vez que engolia saliva e que me estava a pressionar o ouvido.

Resultado: vai de levar soro e de levar antibiótico na veia. Entre as 7h da tarde daquela quarta-feira e as 3h da manhã de quinta-feira, eu vi a luz. E não foi a do candeeiro!
Isto porque tenho uma certa alergia à penicilina. E apesar de ter avisado, prévia e repetidamente o médico que me atendeu (que vou a saber depois, era urologista….), o ‘sôtor’ lá me deu qualquer coisa que tinha um composto-derivado-aparentado-parecido à penicilina ou qualquer outro medicamento que - querem lá ver?! - sou também alérgica. E eu acabei a estrebuchar no meio do chão das urgências com uma espécie de choque anafilático, falta de ar e o estômago a arder. Mas a arder mesmo. Posso garantir (e sem me enganar) que a sensação é a mesma que engolir uma caixa de fósforos acesa ou um punhado de brasas.

Resumindo e concluindo, entrei no hospital ainda com dores no útero (e a sangrar), no dente e no ouvido e saí de lá com um extra. Mais um protector gástrico e uma palmadinha nas costas do doutor ilustrada com um “vamos lá ver se não fica com consequências graves no estômago.”
Se não fosse tão tarde, se não tivesse um amigo na sala de espera há horas e se toda eu não fosse uma dor imensa e intensa, teria mandado o médico e as incompetentes das enfermeiras (uma em especial, que ainda me cá está atravessada…) para a p*** que os pariu e processado aquela gente toda. E ainda ganhava dinheiro com isso.

Mas não. Naquela noite, naquela semana só queria descanso e sossego. E acordar de manhã, bem disposta e saudável.

O grande problema é que essa tal manhã tarda em aparecer. Deve ser a mesma manhã de nevoeiro em que D. Sebastião vai chegar num cavalo branco. No meu caso, de ambulância.

1 comentário:

  1. Esperemos que a ambulância tenha faróis de noboeiro, senão acidenta-se e oh despois é mais um problema pra tua vida. Isso tudo com uma perna, um braço e 3 costelas partidas não deve ser bonito, Mas isso sou só eu a dizer!!!

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Não tens vida, pois não?!