julho 08, 2009

Miss me?


Dizia eu, logo no meu primeiro post, que a criação deste blog iria servir para colmatar essa grande falha na minha vida que era… não ter vida. Basicamente. Ou melhor, não ter a chamada ‘sarna para me coçar.’ Nem coisa nenhuma que desse vontade de rir. Ou chorar. Ou provocar qualquer emoção. (a não ser, lá está, as tais idas quase diárias ao Multibanco que ainda hoje – engraçado como há coisas que nunca mudam!- me provocam convulsões e espasmos cada vez que vejo o saldo.)
Concluí então que a vida dos outros era bem mais interessante e já que a minha não me chegava e não, mais valia enfiar o nariz em vidas alheias.

Isto foi no final do ano passado. E eu estava longe de imaginar que não só o Michael Jackson ia desta para melhor, que era possível valer 92 milhões sem saber ler nem escrever – apenas chutar uma bola, como principalmente a minha existência ia sofrer uma reviravolta daquelas, digna de fazer chorar as pedras da calçada. Ou para quem prefere algo mais prático - digna de apanhar um pifo até à inconsciência e esperar, ao acordar, que toda a miséria fosse afinal uma parte da ‘maldita ressaca’.
Mas como dizia alguém, num filme qualquer: o raio da sorte anda a gozar comigo.

Da última vez que aqui passei, sangrava por todas as cavidades e estava surda que nem uma porta. Felizmente, estou sã e salva e com uma saúde de ferro (acho eu! É melhor não gabar para não agoirar). Curei-me de praticamente todas as mazelas e até voltei a ouvir bem. Ou quase bem.

Porque se tivesse uma audição apuradíssima, provavelmente teria ouvido os tipos que me assaltaram e destruíram o carro, o meu rico carro que tanto me custa a pagar, mesmo por baixo da janela do meu quarto (apesar de morar num 4ºandar, tenho paredes de papel. Ia jurar que ouvi no outro dia, o vizinho do rés-do-chão a abrir minis e a descascar amendoins). E como se o rádio (com o CD dos bons e original do Jack Johnson, lá dentro), não bastasse…vai de levar também a centralina e a bomba de combustível e ainda de partir uns vidros, cortar uns tubos e remexer no painel eléctrico. Para a doideira, vá. Só para chatear. Sim, porque segundo me consta, é preciso ter talento e habilidade para saber roubar sem estragar! Principalmente, peças de automóveis. Serve-me de consolo saber que não irão muito longe com uma bomba de combustível mal roubada. Ah ah!

Resumindo e concluindo, esta foi apenas a última que me aconteceu. (e que me rendeu uma bela de uma factura!) A penúltima e a anterior, nem vale a pena referir. Certo é que o ano vai a meio e eu não vejo a hora dele acabar, para o enterrar e esquecer.

Os outros dizem-me que depois de uma fase má, vem uma muito boa. E que tudo me irá correr pelo melhor. Mas a acreditar neste princípio e a julgar pelo que já me aconteceu, eu já merecia um cheque mensal igual ao do Cristiano Ronaldo. Pelo menos, durante 7 meses. No mínimo. (como que o dinheiro não traz felicidade?!?!)

Mas enquanto a ‘sorte grande e a terminação’ não me batem à porta, o melhor mesmo é escrever para expurgar. Partilhar para poder rir. Recomeçar para seguir em frente.

Os meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que nesta imensa viagem de montanha-russa foram os meus fiéis e leais companheiros de aventura: os meus amigos. Os de sempre, os recentes e os que se tornaram. Os que, à sua maneira, longe ou perto, estiveram, estão e estarão para me acudir nas aflições. Passar a mão na cabeça ou puxar-me as orelhas. Os que tiveram paciência para me ouvir e aturar e até os que me perdoaram por os ter ‘esquecido’. Os que recuperei por força das circunstâncias e os que se mantém na ‘sombra’, alguns sem saber de nada, mas que são imprescindíveis e inesquecíveis.

À minha irmã, a quem nunca terei palavras suficientes para lhe dizer o quanto a admiro e amo e que a sua presença diária tem sido um bálsamo e uma cura.

À minha família, que também à sua maneira muito própria, me tem segurado e mantido ‘sóbria’ e acordada.

Após ter passado uma das fases mais complicadas da minha vida (ai ter 28 anos é isto?! Bah!), resta-me agradecer aos que me traíram, desiludiram, abandonaram e magoaram. Porque foi graças a elas- às piores pessoas do mundo – que (re)aprendi a reconhecer as melhores.

E é por elas que estou de volta.

5 comentários:

  1. :D ...e sim tinha saudades de te ler!!!

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  2. Yes, absofuckinglutly!! :P
    E sendo completamente egoísta, digo ainda bem que estás de volta, mesmo que não seja por uma razão muito feliz.
    Estou para aqui a pensar uma coisa muito parva mesmo: foi preciso criares um blog para falar da vida dos outros (porque a tua não te chegava), para te começarem a acontecer tretas umas atrás das outras, e teres agora uma vida que chega e sobra :\ (irónico, mas adiante).
    Um beijo grande e espero que a fase muito boa chegue rápido (porque vai chegar mesmo, não duvides :))

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  3. Fodasse, ganhaste um Óscar e não dizes nada??

    Isto de publicar os agradecimentos, é bonito! Foleiro, mas bonito!

    Mas ainda bem que voltaste, já estava com medo que tivesses ficado perdida aí num canto qualquer. Até já tinha ido ao Guincho à tua procura, mas .... TU não estavas lá .... Estavam outras pessoas, mas TU não ... Valente!

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  4. Cum catano!!!! Quando é que pomos a conversa em dia??? Pessoalmente claro está. Que isso do MSN não conta para o campeonato. Qualquer dia a minha filha vai para a universidade e tu nem a conheces...Vá lá ver a marcar esse jantar...ou almoço que a minha vida triste não dá para jantares. Pago eu!

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  5. Laura!
    Até que enfim! Seis meses é muito tempo para se estar ausente!

    Bem-vinda e sim, I missed you!

    ;)

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Não tens vida, pois não?!