
Um mês. Exactamente um mês depois, no dia do aniversário do astrónomo italiano Giovanni Virginio Schiaparelli (as cenas que se descobrem no Google, oh pá!) e o balanço é… no mínimo, vá… miserável. O prognóstico é desconhecido. O diagnóstico, incerto.
É dia 14 de Março e eu podia estar animadíssima e a gozar este dia absolutamente fantástico. Podia estar a derreter ao sol. Podia ter ido fazer uma daquelas caminhadas à beira-rio ligada ao mp3 ou ir tomar o pequeno almoço à baixa com um livro/jornal debaixo do braço armada em intelectual. Podia eventualmente, ter-me feito à estrada e ir visitar os meus sobrinhos.
Em vez disso, estou em casa porque estou surda. Entupida, mais uma vez, em antibióticos. Proibida pelo médico de apanhar sol ou correntes de ar. A sangrar por todas as cavidades do meu corpo, excepto pelos olhos.
À pergunta 'o que raio me falta acontecer mais?', a resposta é 'uma otite.' Mas não é uma otite qualquer – não. Nada disso. É uma otite que me levou, outra vez, de urgência ao hospital (já começo a ser conhecida no meio) e que me fez sangrar dos ouvidos. E posteriormente do nariz e da boca. As dores começaram terça-feira de manhã. À hora do almoço encharquei-me em analgésicos. A meio da tarde, toca de embrulhar mais uns comprimidos e de pôr umas gotas. Ao início da noite, foi quando dei em chorar desesperadamente com dores e em pânico por ver que havia sangue a escorrer-me pela cara, vindo dos meus ouvidos. Cena à filme, portanto.
Feliz ou infelizmente, quem entra no hospital ensanguentado e aos gritos é logo atendido. A otorrino explicou-me que devido à constipaçãozeca que tinha apanhado, o ranho acumulou-se nos ouvidos (que imagem bonita, hein?!). Provocou-me uma otite. Otite essa que me perfurou o tímpano esquerdo. [enquanto isto, o meu Sporting estava a levar 7 na pá… Uh-uh!!!] De maneiras que estou realmente surda. Pelo menos (e espero que sim), temporariamente. E a tomar uma nova dose de químicos. Claro.
Além disso, estou falida à conta das despesas de farmácia. Estou cansada de tanto hospital e médico. Estou sem defesas e com o meu sistema imunitário à beira do colapso. Estou exausta por passar noites em branco, sem dormir e tantas vezes com dores e nunca ter deixado de trabalhar. Estou em dívida para com os meus amigos e familiares que têm apanhado secas descomunais em urgências hospitalares, se têm preocupado e me têm acompanhado a toda a hora e instante.
Estou fartinha de tanto azar em tão pouco tempo.
Acho que estou realmente doente. E estou a preparar-me psicologicamente para enfrentar uma série de exames e análises para acabar de vez com este ‘circo mariano’.
Mas acima de tudo, estou viva. E se a minha vida não me chegava, agora sobra-me. Tenho material para dar e vender.
Ah! E finalmente, parou de chover.
É dia 14 de Março e eu podia estar animadíssima e a gozar este dia absolutamente fantástico. Podia estar a derreter ao sol. Podia ter ido fazer uma daquelas caminhadas à beira-rio ligada ao mp3 ou ir tomar o pequeno almoço à baixa com um livro/jornal debaixo do braço armada em intelectual. Podia eventualmente, ter-me feito à estrada e ir visitar os meus sobrinhos.
Em vez disso, estou em casa porque estou surda. Entupida, mais uma vez, em antibióticos. Proibida pelo médico de apanhar sol ou correntes de ar. A sangrar por todas as cavidades do meu corpo, excepto pelos olhos.
À pergunta 'o que raio me falta acontecer mais?', a resposta é 'uma otite.' Mas não é uma otite qualquer – não. Nada disso. É uma otite que me levou, outra vez, de urgência ao hospital (já começo a ser conhecida no meio) e que me fez sangrar dos ouvidos. E posteriormente do nariz e da boca. As dores começaram terça-feira de manhã. À hora do almoço encharquei-me em analgésicos. A meio da tarde, toca de embrulhar mais uns comprimidos e de pôr umas gotas. Ao início da noite, foi quando dei em chorar desesperadamente com dores e em pânico por ver que havia sangue a escorrer-me pela cara, vindo dos meus ouvidos. Cena à filme, portanto.
Feliz ou infelizmente, quem entra no hospital ensanguentado e aos gritos é logo atendido. A otorrino explicou-me que devido à constipaçãozeca que tinha apanhado, o ranho acumulou-se nos ouvidos (que imagem bonita, hein?!). Provocou-me uma otite. Otite essa que me perfurou o tímpano esquerdo. [enquanto isto, o meu Sporting estava a levar 7 na pá… Uh-uh!!!] De maneiras que estou realmente surda. Pelo menos (e espero que sim), temporariamente. E a tomar uma nova dose de químicos. Claro.
Além disso, estou falida à conta das despesas de farmácia. Estou cansada de tanto hospital e médico. Estou sem defesas e com o meu sistema imunitário à beira do colapso. Estou exausta por passar noites em branco, sem dormir e tantas vezes com dores e nunca ter deixado de trabalhar. Estou em dívida para com os meus amigos e familiares que têm apanhado secas descomunais em urgências hospitalares, se têm preocupado e me têm acompanhado a toda a hora e instante.
Estou fartinha de tanto azar em tão pouco tempo.
Acho que estou realmente doente. E estou a preparar-me psicologicamente para enfrentar uma série de exames e análises para acabar de vez com este ‘circo mariano’.
Mas acima de tudo, estou viva. E se a minha vida não me chegava, agora sobra-me. Tenho material para dar e vender.
Ah! E finalmente, parou de chover.